Onze anos depois da greve de 2001 Salvador volta a ser palco de lamentáveis cenas patrocinadas a partir de movimentos provocados pela própria Polícia Militar, conflagrando a cidade no auge do seu Verão e às vésperas da sua principal festa, o Carnaval, também pico do movimento turístico. Tanto em 2001 com agora havia sinais evidentes de movimentações paredistas. Nessa medição de forças, quem sofre de novo é a população. Como se não bastassem as mazelas cotidianas. Caos urbano, má divisão social, corrpçao, drogas, violência somos brindados com o im pensável: greve da policia militar. DETALHE: nessa sexta feira, os policiais civis (que não são bobos nem nada) vao fazer uma assembleia. E a pauta principal: Greve, é claro! Triste Bahia.
Há em cada esquina desta cidade de ruas sinuosas uma central de boatos instalada sobre a violência que ocorre em Salvador. O prefeito João Henrique desapareceu da cena do crime, e nem à Câmara Municipal compareceu para ler a mensagem que marca a reabertura do Legislativo da urbe. O governador Jaques Wagner avionou no Air Force One da presidente Dilma Rousseff para Cuba e o Haiti. Enquanto isso, a capital ficou em estado de desgraça, diante da greve dos policiais em plena estação de turismo e no apogeu do verão baiano, às vésperas do Carnaval que, segundo os mentirosos, também de plantão, “é o melhor do mundo”. A explosão da boataria invadiu o interior do estado onde há, também, violência, conforme ocorreu em Feira de Santana. Na tarde desta quinta-feira (2), dia de Iemanjá e de festa no mar, há um inferno pelas ruas, com arrastões e descomandos. O que está a acontecer? É a pergunta incrédula dos soteropolitanos. Por que o prefeito desapareceu de cena e por que Wagner foi para o Haiti se, governador, o Haiti é justamente aqui?
Imaginem o que seria das múmias políticas, a exemplo de José Sarney e de outras figuras que habitam o espectro nacional se, de repente, num sopro mágico de loucura e assepsia pública, o País resolvesse determinar que só pudesse ficar em cargos políticos no máximo dez anos? Por incrível que possa parecer, essa é um decisão surpreendente do Partido Comunista de Cuba. O pecebão de lá entendeu de aprovar, com as bênçãos de Raúl Casto, que “cargos políticos fundamentais, inclusive o de presidente, terão mandato de cinco anos, renováveis por mais cinco.” E ponto final na carreira do bacana. A Ilha, vê-se, está mudando para não afundar de vez.
Sarney está, presumivelmente, no seu último mandato, mas não surpreendam se ele entender de ficar com todo o seu aparato de seguidores mandando (como outro não houve na história) nesta república tropical. De qualquer maneira, como isso aqui é uma democracia, torta nos seus três poderes, mas a democracia do possível, ninguém, nem mesmo Sarney, corre este risco. O que deve acabar é a reeleição para presidente, governadores e prefeitos, com a extensão do mandato de quatro para cinco anos, menos para eleições proporcionais.
Seria, então, um absurdo (mas nem tanto) a definição de dez anos no poder. O que acontece com Cuba é que ela está tentando se arejar a partir da questão política de Estado, quando, em primeiro, deveria colocar a questão dos direitos humanos. Quando Havana se democratizar (será?) e mudar o seu arcaico modelo de economia centralizado e arcaico, a Ilha vai disparar. Aí surgirá uma cidade perdida nos anos 50 e 60, lindíssima, com uma estrutura arquitetônica hispânica que, embora caindo aos pedaços, mantém-se a duras penas. Surgirá como um paraíso caribenho invadido por turistas que mudarão a estrutura econômica desesperadamente pobre. Mas, primeiro, é necessário que seu povo reaprenda a sorrir, a não temer ser livre.
Continuidade, na verdade, não deveria caber na estrutura pública. Aqui, pode-se ser candidato a cargos executivos quantas vezes o político quiser. Nos Estados Unidos, o presidente pode ser reeleito, mas, passou daí não volta mais ao poder. Vira conferencista, conselheiro e coisa que tal. Essa é uma boa proposta. Acabar também a continuidade em relação a governos estaduais e municípios. De qualquer maneira, ao tomar conhecimento da decisão do PC cubano avalizado por Raúl Castro, fiquei balançado e com certa inveja ao pensar no coronel Sarney e o seu séquito que o acompanha dando cartas há três décadas e meia no poder, desde a ditadura lá dentro em breve já não teriam vez. Por incrível que possa parecer, Cuba acabará com os sarneys da sua Ilha antes do Brasil.
Sarney está, presumivelmente, no seu último mandato, mas não surpreendam se ele entender de ficar com todo o seu aparato de seguidores mandando (como outro não houve na história) nesta república tropical. De qualquer maneira, como isso aqui é uma democracia, torta nos seus três poderes, mas a democracia do possível, ninguém, nem mesmo Sarney, corre este risco. O que deve acabar é a reeleição para presidente, governadores e prefeitos, com a extensão do mandato de quatro para cinco anos, menos para eleições proporcionais.
Seria, então, um absurdo (mas nem tanto) a definição de dez anos no poder. O que acontece com Cuba é que ela está tentando se arejar a partir da questão política de Estado, quando, em primeiro, deveria colocar a questão dos direitos humanos. Quando Havana se democratizar (será?) e mudar o seu arcaico modelo de economia centralizado e arcaico, a Ilha vai disparar. Aí surgirá uma cidade perdida nos anos 50 e 60, lindíssima, com uma estrutura arquitetônica hispânica que, embora caindo aos pedaços, mantém-se a duras penas. Surgirá como um paraíso caribenho invadido por turistas que mudarão a estrutura econômica desesperadamente pobre. Mas, primeiro, é necessário que seu povo reaprenda a sorrir, a não temer ser livre.
Continuidade, na verdade, não deveria caber na estrutura pública. Aqui, pode-se ser candidato a cargos executivos quantas vezes o político quiser. Nos Estados Unidos, o presidente pode ser reeleito, mas, passou daí não volta mais ao poder. Vira conferencista, conselheiro e coisa que tal. Essa é uma boa proposta. Acabar também a continuidade em relação a governos estaduais e municípios. De qualquer maneira, ao tomar conhecimento da decisão do PC cubano avalizado por Raúl Castro, fiquei balançado e com certa inveja ao pensar no coronel Sarney e o seu séquito que o acompanha dando cartas há três décadas e meia no poder, desde a ditadura lá dentro em breve já não teriam vez. Por incrível que possa parecer, Cuba acabará com os sarneys da sua Ilha antes do Brasil.
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