Após uma nova reunião realizada entre representantes das Associações da Policiais Militares do Estado e o Governo na tarde desta terça-feira (7), ambas as partes não chegaram a um acordo que poderia encerrar a paralisação da categoria. O encontro, que teve início às 10h, foi realizado na residência Episcopal do arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, que mediou a rodada de discussões.
De acordo com a PM, a proposta de reajuste apresentada pelos representantes do governo foi a mesma da última segunda-feira (7), ou seja, reajuste de 6,5%. A administração estadual alega que um valor superior a este estouraria o orçamento governamental. O Governo afirma ainda que a implantação da Gratificação de Atividade Policial (GAP) IV e da V, maior reivindicação dos policiais foi atendida. Um cronograma de ascensão na escala da GAP a partir de 2012, de forma que todo o efetivo da PM seja promovido até 2015 à GAP V, f oi a proposta apresentada para fechar a negociação com as entidades representativas da Polícia Militar.
“Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP 4, e eventualmente até da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado até 2015", afirmou o governador. “Meu esforço está sendo esse, muito grande, fazendo propostas consistentes para que a gente possa terminar esse movimento", concluiu Wagner.
Divergências à parte, três pontos foram acertados no encontro: 1- Nenhum dos 12 líderes da greve que tiveram mandados expedidos pela Justiça poderão ser enviados para presídios federais ou fora do estado; 2- os policiais que se manifestaram de forma pacífica não serão punidos; 3- os policiais que cometeram atos de vandalismo responderão a processos administrativos.
Com este novo impasse a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia – Força Invicta, a Associação dos Praças da Polícia Militar da Bahia – APPM, a Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais da Polícia Militar da Bahia – ABSSO de Salvador, Itaberaba e Ilhéus e Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar da Bahia de Itaberaba devem organizar nesta quarta-feira (8), uma assembleia onde será definida a adesão ou não dos grupos à greve.
Participaram da reunião o presidente da AOPMBA, Ten Cel. Edmilson Tavares, o presidente da APPM, SGT. PM Agnaldo Pinto, o presidente da ABSSO, SGT. PM Jackson Carvalho, o secretário da Administração do Estado, Manoel Vitório, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, o presidente da OAB da Bahia, Saul Quadros, o Comandante Geral da PM, Cel. Alfredo Castro, e o Procurador Geral do Estado, Rui Moraes.
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