quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Joaquim Barbosa é empossado como presidente do STF


Joaquim Barbosa é empossado como presidente do STF

Ricardo Lewandowski tomou posse como vice-presidente do Supremo.
Presidente Dilma Rousseff, atores e cantores participaram da cerimônia.


Presidente Joaquim Barbosa é declarado empossado pelo decano da Corte, ministro Celso de Mello (Foto: Carlos Humberto/SCO/STF)Joaquim Barbosa assina ato de posse para presidente do Supremo (Foto: Carlos Humberto/SCO/STF)
O ministro Joaquim Barbosa foi empossado nesta quinta-feira (22) como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A cerimônia de posse foi conduzida pelo ministro com mais tempo de corte, Celso de Mello, que foi responsável por dar posse ao novo presidente.
Barbosa assinou às 15h34 o termo de compromisso. Antes, fez juramento: "Prometo cumprir os deveres do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça em conformidade com as leis", afirmou Barbosa.
No seu discurso, Barbosa disse que "há déficit de justiça no país".
Em seguida, foi empossado como vice-presidente do STF e do CNJ o ministro Ricardo Lewandowski: "Prometo bem e fielmente cumprir os deveres do cargo de vice-presidente", declarou Lewandowski.
Divergências sobre o relatório final e sobre a forma de conduzir o julgamento do mensalão provocaram vários embates entre Barbosa e Lewandowski.
A presidente Dilma Rousseff e várias celebridades acompanharam a cerimônia de posse. Entre os famosos que acompanharam solenidade estão os atores Taís Araújo, Lázaro Ramos e Milton Gonçalves, o cantor Djavan, a apresentadora Regina Casé e o tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet.
Em razão da aposentadoria de Ayres Britto, que completou 70 anos no último domingo (18), Barbosa assumiu interinamente a presidência do Supremo na segunda (19). Na quarta (21),comandou pela primeira vez uma sessão de julgamento do processo do mensalão, do qual é relator.
Entre os convidados pessoais do ministro, estão representantes de universidades no Brasil e no exterior, além de familiares, que virão de Paracatu (MG).Ao todo, foram impressos 2,5 mil convites para o evento, de acordo com o cerimonial do STF. Foram enviados convites para todos os ministros aposentados, tribunais de países de língua portuguesa e nomes que integram a lista tradicional de cerimônias do Supremo (ministros aposentados e autoridades da República).
Somente para o exterior, principalmente Estados Unidos, Alemanha e França, foram enviados cerca de 60 convites. Na França, o ministro fez doutorado em direito público na Universidade de Paris. Nos Estados Unidos, Barbosa estudou na Universidade de Columbia, em Nova York, e na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Como o plenário do Supremo tem menos de 300 lugares, o tribunal instalou telões em outras salas para que todos conseguissem acompanhar a cerimônia.
Após a assinatura dos termos de posse, serão feitos os discursos de boas vindas. Nas últimas cerimônias de posse, o ministro com mais tempo de tribunal falou em nome dos demais - esse ministro é Celso de Mello.
Mas não existe uma regra quanto a isso, segundo o cerimonial. Por isso, em vez de Mello, Joaquim Barbosa decidiu convidar o ministro Luiz Fux, de quem é amigo pessoal, para falar em nome do tribunal.
Na sequência, falam o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante. Barbosa será o último a falar.
Uma tradição das posses no STF será quebrada no evento. Em razão do problema na coluna, Barbosa pediu que fossem dispensados os cumprimentos. Ele só será cumprimentado no coquetel que ocorrerá à noite em um espaço de eventos em Brasília, oferecido por diversas entidades de juízes, como a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Neopentecostais querem assumir o poder do Brasil, afirma pastor


Neopentecostais querem assumir o poder do Brasil, afirma pastor


O objetivo do movimento neopentecostal é assumir o poder político do Brasil, com a eleição, se possível, de um presidente da República já nas próximas eleições. 

Essa avaliação é de Ricardo Gondim, 54, da Igreja Betesda, mestre em teologia da Universidade Metodista e, entre os pastores, o mais contundente crítico do movimento neopentecostal brasileiro.

Gondim afirmou que o projeto político dos neopentecostais tem ficado mais evidente na Igreja Universal do Reino de Deus, que tem pastores em diversas instâncias do poder, incluindo um no Senado, o bispo Marcelo Crivella.

O pastor disse que a obtenção do poder político possibilitará que as igrejas evangélicas se expandam com mais facilidade.

No começo do ano, Gondim deixou pastores abismados com um texto publicado em seu blog no qual afirmou que “Deus nos livre de ter um Brasil evangélico”.

Ele escreveu que, se a maioria da população se tornar evangélica, o efeito do puritanismo na cultura seria devastador, colocando em risco, por exemplo, o Carnaval, o futebol, a música de Ney Matogrosso, Caetano e Chico e o folclore.

Agora, em entrevista à Carta Capital, o pastor afirmou que, que houvesse essa hegemonia, “seria a talebanização do Brasil”, em uma referência aos fundamentalistas islâmicos dos Talibãs.

Gondim disse à revista que, em termos de fundamentalismo, a maior influência no movimento evangélico brasileiro vem dos Estados Unidos.

“Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.”

Mas antes que os evangélicos transformem o Brasil em um país de comportamento fundamentalista, é possível que os brasileiros acabem transformando as igrejas evangélicas, o que já estaria ocorrendo, de acordo com o pastor.

Ele afirmou que já existem evangélicos que pertencem a comunidades católicas ou espíritas. “Já se fala em um ‘evangelicalismo popular’, nos modelos do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás.”

O pastor observou que há no movimento evangélico duas tendências aparentemente contraditórias: de um lado absorção de elementos religiosos da tradição brasileira, o sincretismo, e, de outro, radicalização na oposição a questões como o aborto e direitos dos homossexuais.

No entendimento do pastor, o ‘evangelicalismo popular’ está descaracterizando a religião. “O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos estão se dispersando.”

Com informação da Carta Capital.


Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2011/04/neopentecostais-querem-assumir-o-poder.html#ixzz2CzgWhIs8
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Deus nos livre de um Brasil evangélico’, escreve pastor


‘Deus nos livre de um Brasil evangélico’, escreve pastor

pastor Ricardo Godim
Godim é pastor
da Igreja Betesda
O pastor Ricardo Godim (foto), 54, da Igreja Betesda, escreveu em seu blog que precisou refletir por 15 anos para tomar coragem de modo a  expressar, agora, o seu temor de que o Brasil se torne “crente”, que é o sonho, disse, do “subgrupo do cristianismo e do protestantismo conhecido como movimento evangélico”.

Ele observou que o puritanismo de um Brasil evangélico teria um efeito devastador na cultura do país. “Como os novos puritanos tratariam Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Maria Gadu?”

Afirmou que não gosta de sequer pensar o destino que teriam poesias sensuais como a "Tatuagem", de Chico, e "Carinhoso", de Pixinguinha. “Será que prevaleceriam as paupérrimas poesias do cancioneiro gospel? As rádios tocariam sem parar “Vou buscar o que é meu”, “Rompendo em Fé”?

Para ele, “uma história minimamente parecida com a dos puritanos provocaria um cerco aos boêmios. Novos Torquemadas seriam implacáveis e perderíamos todo o acervo do Vinicius de Moraes. Quem, entre puritanos, carimbaria a poesia de um ateu como Carlos Drummond de Andrade?”

Ele escreveu que no Brasil evangélico não haveria folclore. “Acabaria o Bumba-meu-boi, o Frevo, o Vatapá. As churrascarias não seriam barulhentas. O futebol morreria. Todos seriam proibidos de ir ao estádio ou de ligar a televisão no domingo. E o racha, a famosa pelada, de várzea aconteceriam quando?”

De acordo com o pastor, a devastação não se restringiria à cultura e à literatura brasileira.

“Como ficaria a Universidade em um Brasil dominado por evangélicos? Os chanceleres denominacionais cresceriam, como verdadeiros fiscais, para que se desqualificasse o alucinado Charles Darwin. Facilmente se restabeleceria o criacionismo como disciplina obrigatória em faculdades de medicina, biologia, veterinária. Nietzsche jazeria na categoria dos hereges loucos e Derridá nunca teria uma tradução para o português. Mozart, Gauguin, Michelangelo, Picasso? No máximo, pesquisados como desajustados para ganharem o rótulo de loucos, pederastas, hereges.”

Continuou: “Um Brasil evangélico significaria o triunfo do american way of life, já que muito do que se entende por espiritualidade e moralidade não passa de cópia malfeita da cultura do Norte. Um Brasil evangélico acirraria o preconceito contra a Igreja Católica e viria a criar uma elite religiosa, os ungidos, mais perversa que a dos aiatolás iranianos.”

Mais: “Toda a teocracia se tornará totalitária, toda a tentativa de homogeneizar a cultura, obscurantista e todo o esforço de higienizar os costumes, moralista”.

"Deus nos livre de um Brasil evangélico", escreveu.

Em 2000, de acordo com o censo do IBGE daquele ano, o Brasil tinha 26,2 milhões de evangélicos, representando 15,4% da população. O Censo de 2010 vai mostrar que de lá para cá houve um grande avanço nesse índice, podendo chegar a 30%;

Com informação do blog do pastor Ricardo Godim.

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