terça-feira, 22 de maio de 2012

IGREJA uNIVERSAL, A farsa. RAIO-X DA QUADRILHA DE EDIR MACEDO

Embora oriunda de uma “costela”da Nova Vida, a Igreja Universal é seu oposto em matéria de expansão e freqüência nas manifestações de poder divino e demoníaco na vida cotidiana dos crentes.
A Igreja Universal surgiu no cenário nacional em 1977 numa sala de uma ex-funerária no bairro da Abolição, subúrbio da zona norte do Rio., fundada por Edir Bezerra Macedo, carioca, filho de migrantes nordestinos. Seu pai era comerciante, sua mãe dona de casa. Edir é o quarto de uma série de 33 filhos, dos quais 10 morreram e 16 foram abortados por terem nascido “fora de época”.
Com 17 anos, em 1962, Edir Macedo começou a trabalhar como servente na Loterj, Secretaria de Finanças do Estado. Em 1977, quando era agente administrativo, pediu licença do trabalho, vindo a se desligar totalmente da Loterj em 1981. Nos começo dos anos 70 freqüentou a Universidade Federal Fluminense cursando matemática e a Escola Nacional de Ciências e Estatística onde cursou estatística. Acabou não concluindo nenhum. Com 18 anos se converteu ao mundo pentecostal, na Igreja de Nova Vida, através de sua irmã, que fora curada de bronquite asmática nesta denominação. Anteriormente freqüentava a Igreja Católica e os centros de Umbanda.
Depois de 12 anos como membro da Nova Vida, farto do elitismo da igreja e sem apoio para suas atividades evangelísticas, consideradas agressivas, decidiu alçar vôos mais altos. Em acordo com Romildo Ribeiro Soares, Roberto Augusto Lopes e dos irmãos Samuel e Fidélis Coutinho, fundou em 1975 a Cruzada do Caminho Eterno. Antes mesmo de Abri-la, Macedo e Romildo, foram consagrados pastores na Casa da Benção pelo missionário Cecílio Carvalho Fernandes. Com sua experiência com números e dinheiro, Macedo se tornou tesoureiro da Cruzada. Dois anos depois, nova cisão. Desentendendo-se com os irmãos Coutinho, Edir e os outros dois, além do bispo Carlos Rodrigues, fundaram a Universal. Entre uma cisão e outra, Macedo pregou de casa em casa, nas ruas, em praça pública e cinemas alugados.
No começo, o missionário R. R. Soares era o líder da Universal e seu principal pregador. Entretanto, sua liderança começou a declinar e Macedo surgiu como o novo líder. O estilo autoritário e centralizador de Macedo contribuíram e muito para a derrocada de Soares. No final dos anos 70 os dois chegaram a um impasse. Macedo propôs que a disputa fosse resolvida por meio de uma votação do presbitério. Macedo venceu o pleito. Soares foi recompensado financeiramente, e desligou-se da Universal, para fundar, em 1980, nos mesmos moldes, a Igreja Internacional da Graça de Deus. E foi assim que Macedo atropelou o cunhado, e se tornou o principal líder da IURD.
Em julho de 1980, por ocasião do terceiro aniversário da Universal, o pastor Roberto Lopes dirigiu o culto de consagração de Macedo ao bispado, momento em que a igreja adotou o sistema eclesiástico episcopal, tal qual o da Nova Vida. No mesmo ano, Lopes, ex-coroinha e ex-freqüentador da umbanda, sob ordens de Macedo, rumou para São Paulo com a missão de implantar a Igreja na capital. Fundou a primeira sede da igreja no Parque D. Pedro II, que mais tarde, foi transferida para o bairro da Luz, e em seguida, para o antigo Cine Roxi, no Brás, que se tornou sua sede nacional em 1992. Em 1984 Lopes retornou ao Rio. Dois anos depois ingressou na carreira política e foi eleito deputado federal pelo PTB/RJ com 54.332 votos. Em 1987, porém, desligou-se da Universal e retornou à “velha casa”. Com sua saída, Macedo passou a reinar absoluto.
O bispo Macedo foi morar nos EUA em 1986 com o intuito de expandir a Universal pelo mundo. Pretendia criar um núcleo de evangelismo mundial enviando os estrangeiros lá convertidos como missionários para seus países de origem. A estratégia não deu muito certo. Em 1990 optou em investir na clientela espanhola. Contudo, também não obteve o sucesso esperado.
Atualmente a Universal está inserida em mais de 50 países, seus templos chegam a mais de três mil, e possui mais de um milhão de membros.


Magia Organizada

Embora fartos de simbolismo e pródigos em manifestações sobrenaturais, os cultos da Universal caracterizam-se pela simplicidade. Além de simples, sua liturgia é despojada, sem roteiro rigidamente preestabelecido a ser seguido. Não existe um momento certo para orar, cantar, exorcizar ou ofertar. Os pastores detêm liberdade na direção do culto. A reunião tanto pode começar com oração, cânticos, corinhos, bem como no pedido para que as pessoas se aproximem do púlpito para participar da corrente de oração do dia. O pastor é quem faz tudo: ora, canta, prega, pede ofertas. Comanda o culto do princípio ao fim. Quanto às correntes de oração, aos rituais de exorcismo e de unção e à oração com imposição de mãos, o pastor conta com o abnegado e indispensável auxílio dos obreiros.
Desta forma, não é exagero afirmar que a Universal estabeleceu um sistema de magia organizado e bem elaborado. Ela institucionalizou denominacionalmente práticas e crenças mágico-religiosas de inspiração cristã. E isto deriva do fato dela se propor, na qualidade de mediadora dos poderes divinos, a resolver todos os problemas terrenos dos fiéis. É justamente para atender eficientemente a tais interesses e necessidades da clientela, majoritariamente pobre e pródiga em demandar soluções mágicas, que ela organiza e raciocina sua oferta de serviço religiosos. Verifica-se isto, de imediato, no fato de ter rotinizado a dispensação das graças divinas e fixado um calendário de cultos e rituais para prestar atendimento especializado a problemas determinados. Às segundas-feiras: oferece soluções sobrenaturais para quem deseja prosperidade; às terças: para cura física; às quintas: para problemas familiares e afetivos; às sextas: faz libertação espiritual (exorcismos); aos sábados: repete ritual para prosperidade. Os cultos de quarta e domingo são dedicados à adoração do Espírito Santo.
A Universal tem hinário próprio e seus cultos são intercalados com corinhos avivados. Apesar disso, não há ênfase no louvor, e sim, na luta contra o diabo e a evangelização. Os neófitos são normalmente aliciados como obreiros voluntários. Estes trabalham muito e nada recebem. Aqueles que carecem de tempo para serem obreiros ou pastores são encorajados a entrar na luta contra as hostes infernais (“guerra santa”), a pregar o evangelho, distribuindo folhetos em locais públicos, convidando amigos, parentes e vizinhos aos cultos e, sobretudo, a ofertar e ser fiel no pagamento de dízimo, colaborando para a expansão do reino de Deus na terra.
A igreja exige muito de seu pastores e obreiros, pois funciona como um verdadeiro “pronto-socorro espiritual”. Seus apelo às pessoas é “pare de sofrer”. Assim os pastores e obreiros têm de estar sempre de plantão. Sua membresia e clientela é formada por pessoas carentes, sofredoras e marginalizadas. Pesquisa realizada pelo ISER revela que 91% dos seus membros recebem menos de 5 salários mínimos, 85% não passaram do primário, 60% são pardos e 24% negros. Portanto, são os muito pobres e marginalizados que fazem a fortuna da Universal. A universal prega que há esperança para todos, e que Jesus deseja libertar as pessoas do mal e conceder-lhes “vida em abundância”. O Reino dos céus é aqui na terra. Enfim, prega a Teologia da Prosperidade. Ela também não desenvolve atividades assistenciais para seus membros. Neste caso, a ação social da igreja se restringe aos de fora. No Rio mantém dois orfanatos e dois asilos e oferece curso de alfabetização de adultos até a 4a série reconhecido pelo MEC. Em São Paulo assumiu a direção da Sociedade Pestalozzi, que possui escolas e sustenta projetos assistenciais para crianças excepcionais. Atua em delegacias e presídios. Criou a ABC, Associação Beneficente Cristã, em 1994 para combater a fome e desbancar os projetos assistenciais da VINDE.


A via-crúcis do pastorado

Para ser pastor na Universal, é preciso negar a si mesmo, tomar sua cruz, despojar-se de tudo, abandonar estudo, trabalho e, no caso dos solteiros, família. Pastores casados sem filhos e aqueles prestes a casar são aconselhados a fazer vasectomia para poderem se dedicar exclusivamente à obra divina. Os pastores praticamente não têm folgas. Estão sempre atarefados com os cultos diários, aconselhamento pastoral, programas de rádio e TV, vigílias e, no final do expediente, com montanhas de cédulas de dinheiro para contar. Dormem pouco. Trabalham muito. Família é aspecto secundário.
As esposas dos pastores também sofrem na Universal. Existem regras rigorosas sobre a conduta feminina: devem ser discretas, boas mães e amorosas, submissas e obedientes aos maridos. Sua maior preocupação deve a de não incomodar o marido. Além disso, deve também, ser o braço direito do marido e tudo fazer, voluntária e gratuitamente, desde a limpeza do templo até evangelismo em presídios, para ajudá-lo em seus afazeres. Na Universal há pastores nomeados e consagrados. Os primeiros exercem a função de auxiliar. São normalmente jovens. Não realizam casamentos nem ministram os sacramentos. Devem ser casados e mostrar aptidão para o ministério. Ganham apenas uma ajuda de custo. Os últimos ganham em média de 4 a 5 mil reais. No geral levam uma vida confortável. Muitos deles têm direito a plano de saúde, casa, telefone, carro, escola paga para os filhos. Nenhum destes bens, no entanto, lhes pertence. São da igreja. Os que se destacam assumem programas de rádio, espaço na TV e têm seus pedidos atendidos. Logo são transferidos para dirigir templos maiores.
A Universal não possui seminário. Tinha um mas fechou. Atualmente existe o Instituto Bíblico Universal, não obrigatório e com duração de 6 meses. O Governo eclesiástico da Universal é centralizado em torno de seu líder carismático. Pastores e congregações não possuem autonomia alguma. Os membros não escolhem os seus pastores, que são designados, e obedecem a um esquema de rodízio.
Quem não cumprir as exigências (dedicação, profissionalismo e aumento de produtividade) são sumariamente despojados.


Expansão e Consolidação

A Universal cresceu meteoricamente na década de 80. Quando completou três anos, em julho de 1980, tinha apenas 21 templos em 5 Estados. Em 1982, dobrou, passou a ter 47 templos em 8 Estados. Em 1983, chegou a 62 templos e alcançou mais um Estados, Em 1984, avançou para 85 templos em 10 Estados. Em 1985 saltou para 195 templo em 14 Estados e no DF. Em 1986, atingiu a marca de 240 templos em 16 Estados. Em 1987, tinha já 356 templos em 18 Estados, 2 em NY e mais 27 “trabalhos especiais” em cinemas alugados. Em 1988, além de 26 “trabalhos especiais”, possuía 437 templos em 21 Estados e Brasília. E em 1989, somava 571 templos. Nestes nove anos o número de templos da Universal cresceu 2.600%. Em 1998, já presente em pelo menos 50 países, a Universal estava fundando um templo por dia em média e possuía mais de 3000 deles no Brasil, e 700 no exterior.
Seu primeiro programa de rádio durava 15 minutos na rádio Copacabana. Em meados da década de 90 já mantinha em seu poder 40 emissoras de rádio. Em 1980 dava seus primeiros passos na TV, e já em 1989 comprava a Rede Record de Rádio e TV por US$ 45 milhões, no pacote também herdou uma dívida de 300 milhões de dólares, quitada logo depois.


Assédio da Imprensa e Discurso Vitimizador

Com a compra da Rede Record a Universal passou a ser questionada e investigada pela imprensa. Foi alvo de inúmeras reportagens especiais. Os inimigos do bispo Macedo começaram a aflorar. Dentre eles, destaca-se um ex pastor da Universal, Carlos Magno de Miranda, que acusava Macedo de sonegar impostos, remeter ouro e dólares ilegalmente para o exterior e de envolvimento com o narcotráfico. Porém, nada ficou provado.
Diante de todas estas acusações a igreja se posicionou como vítima de perseguição e discriminação religiosa. A prisão do bispo em maio de 1992 veio consolidar esta postura, e o discurso de perseguição aos crentes ganhou enorme força. Havia no âmbito nacional uma conspiração da imprensa e de seus aliados, entre os quais a Igreja Católica, a Rede Globo, o Diabo e os comunistas, para dificultar o trabalho e impedir o crescimento dos evangélicos no país.
Macedo saiu fortalecido da prisão, inclusive conseguindo a adesão de outros segmentos evangélicos, inclusive de vários pastores pentecostais. O discurso adotado foi o do direito à liberdade religiosa.
Este discurso foi novamente adotado em três polêmicos episódios em que a Universal rivalizava, ao mesmo tempo, com a Rede Globo e, de quebra, com a Igreja Católica, duas das mais poderosas instituições do país. O primeiro episódio foi a minissérie Decadência, de 12 capítulos, escrita por Dias Gomes e exibida em setembro de 1995 pela Globo. O segundo episódio foi o famoso “chute na santa”, ocorrido um mês depois da minissérie. Em pleno 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida, Sérgio Von Helde, bispo da Universal, responsável pela igreja no Estado de São Paulo, em dois programas matutinos da Record, tocava com os pés e os punhos a imagem da santa. O terceiro episódio foi a publicação de um vídeo, no qual Macedo aparecia ajoelhado, rindo para a câmera enquanto contava dinheiro da coleta num templo em Nova York, divertindo-se num iate na paradisíaca Angra dos Reis (RJ), dançando numa vigília em Copacabana e, no trecho mais devastador, durante intervalo de um jogo de futebol com a cúpula da igreja, ensinando, de modo debochado e em meio a termos chulos, pastores e bispos a serem mais agressivo, persuasivos e eficazes na arrecadação de recursos dos crentes. Macedo dizia para os líderes pedirem mais e mais: “Você tem que chegar e se impor... Você nunca pode ter vergonha. Peça, peça, peça. Quem quiser dá, quem não quiser não dá. Ou dá ou desce”. 


Participação Política: Clientelismo e Antiesquerdismo

Junto com a Assembléia de Deus, a Universal é a igreja pentecostal que faz mais sucesso na política. Iniciou a sua primeira candidatura própria em 1982. A Universal não mede esforços para eleger seus candidatos, nem tenta camuflar a sua participação no meio político. Não contra a política, pelo contrário, a utilizam para defender seus interesses. Pastores e bispos pedem abertamente votos de púlpito. Obreiros distribuem “santinhos”. Suas emissoras fazem propaganda eleitoral, convidando seus candidatos para participar de entrevistas. Em 1986, a Universal elegeu um parlamentar para o Congresso. Em 1990, conseguiu eleger 4 deputados federais e três estaduais. Em 1994, Elegeu seis deputados federais e seis estaduais. Em 1998, ampliou consideravelmente sua representação: elegeu 14 deputados federais e 26 estaduais.
A Universal mantém uma ideologia política baseada no moralismo e no antiesquerdismo. Nas eleições de 1990 e 1994 atacou publicamente a candidatura do candidato do PT, Lula, associando sua imagem, a dos padres e do Diabo. Tem  por "filosofia" não se filiar à partidos de esquerda.

3 comentários:

  1. Em suma, um tremendo 171 e nimguém das autoridades faz nada. Os polítitcos precisam de votos e deixam enganar o povo a vontade. Tá tudo armado.

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  2. O que a Bíblia diz sobre a homossexualidade?
    Ela deixa claro que Deus criou o sexo para ser feito apenas entre um homem e uma mulher, e apenas se forem casados. (Gênesis 1:27, 28; Levítico 18:22; Provérbios 5:18, 19) A Bíblia condena a fornicação, quer entre pessoas do mesmo sexo quer entre pessoas de sexos diferentes. * — Gálatas 5:19-21.

    Se alguém perguntar: “O que você acha da homossexualidade?”

    Você pode responder: “Eu não odeio os homossexuais, mas não apoio o que eles fazem.”

    ✔ Lembre-se: Se você segue os princípios de moral da Bíblia, então esse é seu estilo de vida, e você tem o direito de segui-lo. (Josué 24:15) Não tenha vergonha do seu conceito. — Salmo 119:46.

    Não é dever dos cristãos tratar todas as pessoas com respeito, não importa a orientação sexual delas?
    Claro que sim. A Bíblia diz: “Honrai a homens de toda sorte”, ou, como diz a Bíblia Fácil de Ler: “Respeitem todas as pessoas.” (1 Pedro 2:17) Assim, os cristãos não são homofóbicos, ou seja, não odeiam os homossexuais. Eles são bondosos com todas as pessoas, incluindo os gays. — Mateus 7:12.

    Se alguém perguntar: “Você não acha que sua opinião sobre a homossexualidade incentiva o preconceito contra os gays?”

    ✔ Lembre-se: A maioria das pessoas (incluindo os homossexuais) segue algum tipo de código de ética. Isso as faz odiar certas coisas — como fraude, injustiça ou guerras. A Bíblia proíbe essas coisas, mas também condena alguns tipos de conduta sexual, incluindo a homossexualidade. — 1 Coríntios 6:9-11.

    A Bíblia não exige demais de nós e não promove o preconceito. Ela apenas orienta aqueles que sentem atração pelo mesmo sexo que façam a mesma coisa que é exigida dos que sentem atração pelo sexo oposto: ‘fugir da fornicação’. — 1 Coríntios 6:18.

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  3. Deus é nosso pai e nosso refúgio para todas as horas... existem muitas igrejas pelo mundo. mais eu acredito numa só que se chama Fé. tenha fé em Deus converse com Deus ama a Deus entregue tua vida a ele e ele o guiará seja onde for ...

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