segunda-feira, 21 de maio de 2012

e-Commerce no Brasil

O que será que nos reserva para o futuro com o E-commerce? Para chegarmos a alguma resposta, nada melhor que analisarmos o “e-cossistema” que habitamos. Já é de conhecimento de todos o processo pelo qual o Brasil vem passando com relação a ascensão das classes sociais. São classes mais pobres que subiram para o patamar de “classe média”.
A “nova classe C” brasileira já corresponde a aproximadamente 54% da população e é responsável por movimentar cerca de R$1,03 trilhão por ano. 45% da classe C tem acesso à Internet e 50% faz este acesso via banda larga.
Outro fator relevante para o aumento do acesso à Internet foi a queda no preço dos computadores, o aumento na venda de smartphones com acesso a web e um maior consumo da banda larga. Alguns outros fatores que também contribuem são o aumento do poder aquisitivo da população, o crescimento do emprego formal e do acesso ao crédito.
Segundo o IBOPE Nielsen Online, o total de brasileiros com acesso em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) foi de 78,5 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2011. O tempo de uso do computador foi de aproximadamente 64 horas em janeiro de 2012. Um crescimento exponencial comparado aos outros períodos.
E para finalizar a ilustração deste cenário,  soma-se o fator da população jovem, que já nasceu em um mundo 2.0, estar adquirindo poder de compra. A tendência é se utilizar, cada vez mais, a web.
Diversos produtos estão disponíveis para o consumo online. Eles vão desde os mais comuns como DVDs e livros, passando por passagens, cursos online (e-learning) e porque não: um dia a venda de um imóvel 100% pela web?
Todos estes fatores são enxergados como positivos - não só para os consumidores de produtos via web, mas também para aqueles que pretendem utilizar dos negócios virtuais e fazer dele seu projeto de vida, abrindo uma loja virtual. Será que temos mão de obra suficiente de profissionais para fazer a gestão desta demanda? 
Tomo a liberdade para afirmar que, hoje, a resposta é não! É nítido que as oportunidades de emprego crescem a uma velocidade muito maior, quando comparado a capacitação de profissionais para ocupar estas vagas. Gosto sempre de frisar que, quem pretende entrar para esta área deve se capacitar e estar preparado, pois o futuro é hoje.
O crescimento é fato! O que precisamos lutar é para acelerar as políticas públicas e regulatórias que regem o nosso mercado, sempre com o objetivo de fazê-lo crescer fortalecido e de forma sustentável.
Em 74 anos o telefone alcançou cerca de 50 milhões de usuários globais. A internet precisou apenas de quatro. O cenário reflete a pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) sobre negócios realizados pela web, que apontou a marca de 29% das empresas em São Pauloque compram ou vendem pela rede.
Realizado com 500 gestores de todos os segmentos da cidade de São Paulo e concluído em janeiro de 2010, o estudo identificou a indústria como o setor que mais vende online - 13% delas afirmaram vender na rede, ante 12% do comércio atacadista e apenas 3% de serviços.
Já os segmentos de serviços e comércio atacadista destacam-se como maiores compradores pela internet, com a adesão de 16% e 15% das empresas de cada setor, respectivamente. Seguindo esse ritmo o e-commerce poderá crescer 30% anualmente pelo período de cinco anos, estima o diretor executivo da Camara-e.net, Gerson Rolim.
Diante desse mercado, o e-bit contabilizou 17,5 milhões de consumidores que efetuaram compras pela internet em 2009. Em 2010  ultrapassou a casa dos 23 milhões. Em 2011 alcançou facilmente a casa dos 40 milhões. A estimativa para 2012 é de fechar com algo em torno de 50/60 milhões.


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