terça-feira, 20 de março de 2012


Universal dá prêmio aos pastores que mais arrecadam! Pasmem!

 


É o que mostram imagens de uma videoconferência de Romualdo Panceiro (foto) com pastores regionais. O número dois da hierarquia da  igreja afirma que os sete pastores que apresentarem o “maior crescimento” na arrecadação iam ganhar uma viagem a Israel.

O ex-pastor Eduardo Cândido da Silva, que move ação contra a igreja por danos morais, entregou ao repórter Rubens Valente, da Folha de S.Paulo, cinco vídeos com a videoconferência. No total, são seis horas de gravação.

Trata-se de uma segunda leva de vídeos. Na primeira, Panceiro aparece dando orientações aos pastores sobre como manter a arrecadação do dízimo em época de crise econômica do país.

Nas gravações agora divulgadas, Panceiro orienta os pastores a “não limitar” o valor do dízimo na campanha “Fogueira Santa”.

Ele ensinou que os pastores devem “estipular” o dízimo, começando por um valor alto e reduzindo-o de acordo com a disponibilidade dos fiéis, recebendo oferta mesmo que seja pouca coisa.

"O pastor pega uma quantidade de envelope, 20. E pega aí, uma pessoa com dez [mil reais], ou duas. Porque vem, rapaz. Isso é muito forte. O pastor pede aí duas pessoas, ou três, com 5.000. E depois o pastor vai, como se diz, vai abaixando. Entendeu? E depois que chegar a 20 ou 10 reais, diga assim: "O que você tem para colocar?'"

Ele informou estar atento para evitar que pastores “malandros” diminuíssem a coleta do dízimo para, em seguida, “arrebentar” [aumentá-la], de modo a ganhar a viagem. “Eu tenho um programa [de computador] aqui que é batata, que bate com a boleta legal.”

Panceiro citou como exemplo um pastor de Guarulhos (SP) que elevou a arrecadação mensal de R$ 5.000 para perto de R$ 100 mil. Para ele, o ideal seria que os 2.000 templos da Universal apresentassem igual  desempenho.

O bispo Edir Macedo, em seu blog, acusou a Folha de estar sustentando uma campanha difamatória contra a Igreja Universal.

Escreveu que o jornal manifesta preconceituoso religioso ao considerar como prêmios aos pastores as viagens a Israel. “São viagens cansativas e curtas, de quatro, cinco dias, no máximo.” Mas ele não explicou porque são escolhidos justamente os maiores coletores de dízimo para o suposto incômodo das tais viagens.
 


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